Dezesseis Anos de Nós
RELACIONAMENTOS
Aliny Pedrolli
12/13/20252 min read
Dezesseis Anos de Nós: para alguém especial
Há relações que não se explicam; apenas se reconhecem no jeito como dois caminhos, tão distintos, de repente passam a caminhar lado a lado. E quando a gente olha para trás, percebe que não foram apenas anos — foram camadas de vida, de histórias, de tentativas, de recomeços. Dezesseis anos podem parecer muito para quem vê de fora, mas para quem vive por dentro, são feitos de pequenos instantes que se costuram com uma intimidade silenciosa.
Foram anos de muitas coisas, algumas previsíveis, outras que chegaram de forma inesperada. O cansaço, a rotina, as dúvidas, os desentendimentos. E como não dizer das alegrias? Aquelas que não vêm com fogos de artifício, mas com os detalhes sutis: as boas notícias, as conquistas, as viagens, os livros compartilhados, os filmes vistos, a sobremesa dividida, as risadas e olhares que diziam mais do que qualquer palavra, todas essas coisas nos levaram a um ponto de encontro — mais maduro, mais honesto, mais nosso.
Houve dias mais doces, houve dias mais duros. Houve passos largos e passos arrastados. Houve versões de nós mesmos que ficaram no caminho e outras que nasceram justamente porque insistimos em permanecer. E, no meio disso tudo, houve propósito: construir algo que fizesse sentido, que sustentasse, que abrigasse. Algo que tivesse raízes e, ao mesmo tempo, asas.
E desse propósito nasceu o maior símbolo do que somos — nosso filho. Ele, que traz no sorriso a soma dos dois, que nos ensina diariamente sobre entrega, paciência e um tipo de amor que expande sem pedir licença. Ele, que é a prova viva de que amar alguém não é apenas segurar a mão — é segurar a vida.
Hoje, ao recordar essa caminhada, percebo que nosso amor é feito de realidades, não apenas de idealizações. Ele tem a textura do cotidiano, o cheiro de casa, as batidas de dois corações que escolheram permanecer. É amizade, é parceria, é aquele olhar que diz “vai ficar tudo bem” mesmo quando o dia foi difícil. É a certeza serena de que, apesar das tempestades, há sempre um abrigo possível: o abraço um do outro.
Dezesseis anos não são apenas bodas. São capítulos. São provas. São celebrações. São dois que continuam dizendo “sim”, mesmo depois de conhecer os defeitos, os limites e as manias — e justamente por isso amam de forma mais profunda.
Que venham outros tantos anos. Com viagens, cansaços, conversas longas, domingos, cafés da manhã especiais, silêncios confortáveis, filmes, sobremesas, tempestades atravessadas, cheiro e sorriso do filho e amor que amadurece. Que venham dias mais leves, dias mais densos, dias mais nossos. Porque, no fim, a melhor parte de toda essa história é que seguimos escrevendo juntos.
É isso, escrever para alguém, para mim, continua sendo a mais bonita das homenagens.
"Eu vejo você".
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