Fogachos na Menopausa: Novos Estudos, Novas Esperanças e Cuidados para Viver com Mais Leveza

SAÚDE

Aliny Pedrolli

10/31/20253 min read

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Fogachos na Menopausa: Novos Estudos, Novas Esperanças e Cuidados para Viver com Mais Leveza

Os fogachos — também chamados “ondas de calor” — são um dos sintomas mais comuns e desconfortáveis da transição menopausal. Eles impactam não apenas o conforto físico, mas também o sono, o humor e a qualidade de vida.
Recentemente, pesquisas científicas têm trazido novas descobertas promissoras sobre suas causas, duração, riscos associados e formas de manejo. Neste artigo, vamos entender o que esses estudos revelaram e como você pode usar esse conhecimento para enfrentar esse período com mais clareza, cuidado e leveza.

O que dizem os estudos mais recentes sobre os fogachos?

Duração e prevalência

Uma grande pesquisa seguiu mulheres até mais de 10 anos após a menopausa — e encontrou que mais de 1/3 das mulheres continuam a apresentar fogachos moderados ou severos por 10 anos ou mais após o fim da menstruação. Além disso, o pico desses sintomas costuma ocorrer nos primeiros dois anos após a última menstruação.

Fogachos como marcador de saúde

Novas evidências mostram que os fogachos podem não ser apenas um incômodo: estudos identificaram associação entre sintomas vasomotores e risco cardiovascular aumentado, além de alterações em biomarcadores associados à doença de Alzheimer. Isso sugere que o fogacho eleva um sinal de alerta para cuidados mais amplos com a saúde da mulher.

Fatores que influenciam os fogachos

Um estudo indicou que aumentos agudos da atividade física ou da temperatura ambiente podem elevar a probabilidade de fogachos em mulheres na menopausa. Outro estudo revisou como nutrientes e compostos bioativos da alimentação podem modular os mecanismos que levam aos fogachos.

O que isso significa para você:

Enxergar os fogachos com atenção

Saber que os fogachos podem durar anos e indicar mais do que apenas “calor repentino” dá mais poder à mulher para buscar acompanhamento, mudanças de estilo de vida e — se necessário — tratamento.

Adotar medidas de prevenção e alívio

  • Ambiente mais fresco: controle a temperatura do ambiente, use roupas leves, ventile bem os espaços. Estudos mostraram que ambientação térmica tem impacto direto em episódios.

  • Rotina de bem-estar: como o estudo da alimentação mostra, nutrientes podem modular os mecanismos internos dos fogachos. Voltar-se à alimentação consciente e qualidade do sono é estratégia essencial.

  • Atividade física regular, mas moderada: a atividade traz muitos benefícios — porém, picos súbitos ou sob calor intenso podem desencadear fogachos. Ajuste ritmo e tipo de exercício ao seu conforto.

  • Avaliação médica personalizada: dada a associação com saúde cardiovascular e cérebro, converse com sua médica/ginecologista sobre seus sintomas, riscos e opções.

Tratamentos em destaque: o que há de novo?

Novas terapias não hormonais

Pesquisas recentes indicam resultado positivo para medicamentos não hormonais que reduzem a frequência e severidade dos fogachos. Um exemplo é o composto elinzanetant, que em ensaios clínicos reduziu mais de 70% dos sintomas graves em cerca de 12 semanas.
Esses avanços trazem esperança para mulheres que não podem ou preferem evitar a terapia hormonal tradicional.

Cuidados práticos para o dia a dia

  • Mantenha um registro dos fogachos (hora, intensidade, condições): ajuda a identificar padrões e disparadores.

  • Hidrate-se bem e prefira refeições leves nos momentos de maior calor.

  • Use técnicas de relaxamento e respiração para acalmar o corpo e mente quando o sintoma surgir.

  • Considere roupas em camadas, que podem ser retiradas rapidamente quando a onda vier.

  • Comunique-se com seu médico sobre duração, intensidade e impacto dos fogachos — nunca ignore os sinais

Conclusão: Viver com mais leveza, mesmo com fogachos

Os fogachos podem trazer desconforto, mas também são convites à escuta mais sensível do corpo e da fase de vida. Com conhecimento científico, autocuidado e bons acompanhamentos, essa fase pode ser travessia e não tormento.
No Ser Leve, acreditamos que cuidar de si, entender seu corpo e respeitar seus tempos é o caminho para uma menopausa mais leve, equilibrada e plena.