Roube Como um Artista: por que começar antes de estar pronta pode ser seu maior ato de coragem criativa
BEM ESTARLEITURA
Aliny Pedrolli
12/11/20253 min read
Roube Como um Artista: por que começar antes de estar pronta pode ser seu maior ato de coragem criativa
Criatividade não é um dom reservado a poucas pessoas iluminadas. Criatividade é trabalho, cultivo, repetição. É vida pulsando em cada tentativa. E essa é justamente a essência do livro “Roube Como um Artista”, de Austin Kleon — uma obra pequena, leve, visual e absolutamente transformadora para quem deseja criar mais, viver com mais autenticidade e se reinventar em qualquer fase da vida.
Se você anda esperando “o momento perfeito” para colocar suas ideias no mundo — seja escrever um livro, abrir um projeto, testar um hobby, mudar de área ou simplesmente explorar sua própria identidade — talvez essa não seja a hora de esperar. Talvez seja a hora de começar.
E é sobre isso que conversamos hoje.
O mito do talento e a libertação do começo imperfeito
Um dos pontos mais libertadores do livro é simples:
ninguém começa sendo gênio; a gente começa sendo aprendiz.
O que vemos nas redes sociais, nos livros, nos filmes e até nas conversas é sempre o resultado final: o produto lapidado, editado, revisado. Mas o que não vemos é o processo — cheio de rascunhos, erros, repetições e dúvidas.
Kleon nos lembra que:
não existe começo perfeito;
não existe inspiração constante;
não existe criação sem tentativa.
Esperar estar totalmente pronta é uma ilusão que só nos paralisa. Começar é o que nos movimenta.
Criatividade nasce da mistura — e está tudo bem “roubar” referências
O autor usa a palavra roubar de forma poética:
não é copiar, é absorver.
É olhar para o mundo e permitir que ele nos preencha: livros, músicas, conversas, fotografias, viagens, memórias, cheiros, lugares.
Segundo Kleon, toda obra criativa é uma combinação de referências.
Nós remixamos tudo o que consumimos e devolvemos ao mundo algo que só existe porque passou pelo nosso filtro pessoal.
Isso tira um peso enorme das costas.
Você não precisa ser inédita — precisa ser honesta com o que te emociona e curiosa com o que te inspira.
A inspiração não cai do céu — ela aparece quando você está em movimento
Essa é uma das mensagens que mais se conectam com o propósito do Ser Leve:
fazer vira energia; energia vira clareza; clareza vira motivação.
O processo criativo não é “esperar a musa surgir”.
É criar o ambiente para que ela se sinta à vontade.
Algumas práticas do livro que valem ouro:
✦ Tenha um cantinho criativo
Não precisa ser lindo. Precisa ser seu — uma mesa, um caderno, um bloco de notas.
✦ Mantenha um arquivo de inspirações
Prints, trechos de livros, fotos, ideias soltas. Volte a elas quando estiver travada.
✦ Trabalhe com as mãos
Desenhe, rabisque, escreva à mão. O cérebro funciona diferente quando estamos desconectados do digital.
✦ Estabeleça um ritmo — mesmo que pequeno
Trabalhar 10 minutos por dia é melhor do que trabalhar 2 horas uma vez por mês.
Criatividade ama constância.
O poder do “iniciar mesmo sem saber tudo ainda”
Quando começamos algo antes de estar prontas, algo sutil acontece:
nossos medos diminuem,
nossa coragem aumenta,
nossa curiosidade desperta,
e descobrimos capacidades que nem sabíamos que existiam.
É como andar de bicicleta: você não aprende estudando, você aprende pedalando — e caindo um pouco.
Começar é o que nos dá informação real.
Começar é o que nos ensina.
Começar é o que nos transforma.
E é aqui que o livro entrega sua maior lição:
a criatividade não surge da certeza, mas da ação.
Criar é um ato de vida — e cada pessoa tem algo único a oferecer
Não importa se você trabalha em escritório, cozinha, arte, educação, marketing, enfermagem ou maternidade.
Criar não é só fazer obras de arte.
Criar é resolver problemas, encontrar soluções, imaginar futuros, contar histórias.
Quando você começa — mesmo insegura, mesmo tremendo — você abre portas.
Para si mesma, para o mundo, para as possibilidades.
E isso, minha amiga, é profundamente leve.
Como aplicar as ideias do livro no dia a dia (versão prática e realista)
Aqui vão sugestões simples para começar já:
✔ Comece um projeto pequeno de 7 dias
Uma foto por dia. Um parágrafo por dia. Uma receita nova. Um desenho. Algo curto, possível.
✔ Crie uma “caixa de inspiração”
Guarde tudo o que te toca: citações, imagens, notícias, trechos de conversas.
✔ Aceite que suas primeiras tentativas serão medianas — e tudo bem
Mediocridade inicial é parte essencial da excelência final.
✔ Mostre seu processo, não só o resultado
Abra espaço para vulnerabilidade criativa. Ela conecta.
✔ Consuma referências daquilo que você quer criar
Quer escrever? Leia mais.
Quer fotografar? Veja fotografia.
Quer empreender? Estude negócios.
Seu repertório alimenta sua originalidade.
Por que o Ser Leve recomenda este livro
Porque ele libera, inspira e acolhe.
Ele tira o peso da perfeição e devolve a leveza do fazer.
Ele convida a experimentar, a misturar, a brincar, a testar.
E no momento em que muitas mulheres estão se reinventando — aos 30, 40, 50 ou mais — este livro é quase um abraço silencioso dizendo:
“Vai. Comece. Não espere mais.”
Ser Leve
Inspire-se para uma vida mais leve e consciente.
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